Mark Meadows, ex-chefe de gabinete, é um dos elementos próximos de Donald Trump que foi convocado para prestar declarações perante o painel especial da Câmara dos Representantes, que procura determinar o papel do ex-presidente republicano, dos seus assessores e de figuras próximas, nos preparativos e na invasão ao Capitólio, protagonizada pelos apoiantes do republicano em 06 de janeiro.

O advogado do ex-chefe de gabinete de Trump, George Terwilliger, realçou em comunicado que o seu cliente “discorda veementemente” da iniciativa da Comissão para divulgar documentos da Casa Branca que possam implicar o ex-presidente.

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, já deu a sua aprovação para a divulgação de cerca de 770 páginas com registos que estão no Arquivo Nacional e que deviam ter sido enviados para o Congresso na sexta-feira.

Os registos incluem documentos de assessores próximos de Donald Trump e a agenda da Casa Branca, com o relato das suas atividades, viagens, reuniões ou telefonemas.

No entanto, um tribunal federal de recurso norte-americano suspendeu na quinta-feira temporariamente, até 30 de novembro, a libertação dos dados, enquanto analisa um pedido apresentado pelo ex-presidente.

Os advogados de Donald Trump alegaram que, sem a suspensão, o ex-presidente “sofrerá danos irreparáveis através de uma negação do direito constitucional e estatutário de ser plenalmente ouvido, devido a um desacordo sério entre o ex-presidente e o atual”.

Mark Meadows usou esta decisão para justificar a recusa em testemunhar.

“Seria irresponsável da parte do Sr. Meadows resolver prematuramente esta disputa renunciando aos direitos que estão no cerne desta questão”, salientou a sua defesa.

A Comissão de investigação reagiu, em comunicado, apontando que Joe Biden já tinha autorizado a divulgação dos documentos e que o ex-assessor de Trump deveria testemunhar.

E alertou Mark Meadows de que pode ser acusado de desacato pelo Congresso, tal como se sucedeu com Steve Bannon, ex-assessor de Trump que também se recusou a prestar declarações perante o painel.

Em 06 de janeiro, centenas de manifestantes investiram sobre a polícia para invadir o Capitólio e interromper a confirmação da vitória eleitoral de Joe Biden, na sequência de reiteradas acusações de Trump sobre a existência de fraude eleitoral generalizada, sem fundamentação credível.

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