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Uma flotilha internacional partiu este domingo de Barcelona, levando ajuda humanitária e ativistas com o objetivo de quebrar o bloqueio israelita a Gaza.

Cerca de 20 embarcações zarparam do porto de Barcelona em direção à Faixa de Gaza. Transportam alimentos, água e medicamentos, bem como delegações de 44 países. É considerada a maior iniciativa marítima organizada até hoje para tentar romper o bloqueio naval imposto por Israel.

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Que nome tem esta expedição?

A operação chama-se Global Sumud Flotilla. O termo “Sumud” significa “resistência firme” em árabe, refletindo a ideia de resiliência do povo palestiniano.

Quantos barcos farão parte da missão?

Inicialmente partiram cerca de 20 barcos, mas espera-se que até 70 embarcações integrem a etapa final da viagem. Outras embarcações juntar-se-ão a partir de Itália e da Tunísia, reforçando a frota humanitária.

Quando devem chegar a Gaza?

Segundo os organizadores, a flotilha poderá alcançar a costa de Gaza a 14 ou 15 de setembro.

Quem são os participantes mais conhecidos?

Entre os ativistas está a sueca Greta Thunberg, reconhecida mundialmente pela sua luta contra as alterações climáticas. Também participam figuras políticas, como a ex-presidente da câmara de Barcelona, Ada Colau, além de jornalistas e centenas de ativistas de vários países.

A bordo estão também três portugueses: Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício.

O governo português apoia esta iniciativa?

O governo defende que não tem qualquer obrigação, ao abrigo do direito internacional, de acompanhar e proteger a flotilha em direção a Gaza, mesmo havendo portugueses a bordo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, explicou que a iniciativa é da sociedade civil e que "o Estado português não organizou esta missão, o Estado português não está vinculado a esta missão".

"Não vamos agora pôr a frota da Armada Portuguesa a acompanhar esta flotilha ou a desencadear uma guerra contra Israel, não sei bem o que é que se pretende", completou, recordando que a imunidade parlamentar da coordenadora do Bloco de Esquerda não dá a Mariana Mortágua imunidade diplomática.

Como foi a despedida em Barcelona?

Milhares de pessoas reuniram-se no cais da cidade para apoiar a expedição. Muitos usavam kefiahs palestinianas (lenços tradicionais) e gritavam palavras de ordem como “Palestina livre!” e “Boicote a Israel!”. As embarcações variavam de pequenos veleiros a navios centenários, como o Sirus, com mais de 100 anos.

É garantido que os barcos cheguem a Gaza?

Não. Israel já impediu duas iniciativas semelhantes nos últimos meses. Em junho, a embarcação Madleen, com Greta a bordo, foi intercetada em águas internacionais, 185 quilómetros a oeste de Gaza, com os ativistas detidos e expulsos. Em julho, outro navio, o Handala, sofreu o mesmo destino.