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“Este caso diz respeito ao que o governo prometeu, não ao que Epstein fez”, referiram os advogados de Maxwell num novo documento entregue aos juízes.

Condenada a 20 anos de prisão federal em 2022, Maxwell foi considerada culpada por colaborar com Epstein num esquema de aliciamento e abuso sexual de menores ao longo de vários anos.

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Num recurso, submetido em abril, sustenta que deveria ter beneficiado de um acordo de não-acusação que Epstein celebrou quando aceitou declarar-se culpado em 2008. No entanto, o Tribunal de Recurso do 2.º Circuito, com sede em Nova Iorque, decidiu contra Maxwell, considerando que o acordo, estabelecido na Florida, não vincula os procuradores de Nova Iorque.

“Apelamos não apenas à Suprema Corte, mas ao próprio presidente, para que reconheça o quão profundamente injusto é usar Ghislaine Maxwell como bode expiatório pelos crimes de Epstein, especialmente quando o governo prometeu que ela não seria processada", disse o advogado de Maxwell, David Oscar Markus, em comunicado.

Os seus advogados argumentam que os tribunais de recurso têm interpretado de forma diferente a questão de saber se um acordo de não-acusação com os Estados Unidos deve aplicar-se a nível nacional.

A decisão do Supremo sobre se aceita o caso deverá ser tomada no outono.

No documento entregue, os advogados de Maxwell afirmam que o governo está a reinterpretar o acordo com base no que gostaria que ele dissesse, e não no que realmente está escrito. O Departamento de Justiça, por sua vez, respondeu que Maxwell não era parte do acordo e que este envolvia apenas Epstein e a procuradoria federal da Florida.

Jeffrey Epstein declarou-se culpado, em 2008, de acusações de prostituição a nível estadual e foi posteriormente acusado a nível federal por tráfico sexual em julho de 2019.

Morreu um mês depois na prisão, por suicídio, enquanto aguardava julgamento.