Segundo a AFP, que avança com a notícia, o objetivo da medida é reforçar o controlo prévio e eliminar potenciais ameaças à segurança nacional. A intenção foi anunciada por John Kelly, secretário de Segurança Interna, esta terça-feira, 7 de fevereiro, na Comissão de Segurança Interna da Câmara de Representantes.
“Estamos à procura de melhorar a verificação. Queremos ter a possibilidade de verificar as suas redes sociais [dos solicitantes de visto] com as suas senhas”, explicou, acrescentando que a medida visa sobretudo os mesmos países de maioria muçulmana abrangidos pelo decreto anti-imigração de Trump, entretanto suspenso por ordem judicial.
O decreto presidencial de Trump visava travar a entrada de pessoas provenientes de sete países de maioria muçulmana nos EUA, nomeadamente, do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen. A ordem determinava ainda que os refugiados ficavam impedidos de pisar solo norte-americano por 120 dias. Caso fossem sírios, o impedimento era por tempo indeterminado. Este decreto presidencial foi suspenso a nível nacional a 4 de fevereiro, e o recurso apresentado pela administração Trump para que voltasse a entrar em ação imediatamente foi rejeitado no dia seguinte. Agora, a justiça promete voltar a pronunciar-se sobre decreto “o mais brevemente possível”. O caso está a ser reavaliado por um painel de três juízes do Tribunal de Recurso de São Francisco.
“É muito difícil verificar verdadeiramente, nesses sete países, as pessoas. Mas se querem vir para os EUA, nós queremos saber que sites visitam e pedir as suas senhas de acesso [às redes sociais], para que possamos verificar o que veem online”, explicou Kelly à Câmara de Representantes.
E endureceu o tom: "Se não quiserem cooperar, então não entram" nos Estados Unidos, acrescentou o secretário de Segurança Interna.
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