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No IPO de Lisboa e Porto, hoje, dia 16 de setembro, há rastreios gratuitos para diagnóstico precoce da doença, dirigidas a populações de risco, revela a nota enviada à imprensa.

Em parceria com o projeto CASA – Centro de Apoio aos Sem Abrigo, estão também previstas ações nos municípios de Albufeira e do Porto, a 17 de setembro, e em Coimbra, em data a confirmar. A Comunidade Vida e Paz realiza rastreios dirigidos aos seus utentes em dois polos de Lisboa (Chelas e Olaias) também no dia 17 de setembro.

A campanha internacional Make Sense, promovida pela European Head an Neck Society (EHNS) e coordenada em Portugal pelo Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), regressa para a 13.ª edição, que começou no dia 15 de setembro, com o objetivo de aumentar a consciencialização para os sinais e sintomas do cancro da cabeça e pescoço, promover o diagnóstico precoce e defender a equidade no acesso aos cuidados de saúde.

Em Portugal, quase três mil pessoas são diagnosticadas por ano com este tipo de cancro. Mais de metade dos casos só são detetados em fase avançada, o que reduz drasticamente as hipóteses de cura e prejudica a qualidade de vida. Por isso, a campanha insiste: se os sintomas persistirem por mais de três semanas, consulte um médico.

Os sinais de alerta passam por úlceras na boca que não cicatrizam, rouquidão persistente, dor de garganta, dificuldade em engolir, caroços no pescoço e obstrução nasal unilateral. Quando detetado cedo, o cancro da cabeça e do pescoço pode ter taxas de cura entre 80% e 90%. Nos estádios avançados, essas taxas descem para cerca de 50%.

Embora seja o sétimo tipo de cancro mais comum na Europa, continua subdiagnosticado em muitos casos. Literacia em saúde e prevenção são essenciais nesta batalha.

Com o mote “Equal Access, Equal Care: Uniting Europe Against Head and Neck Cancer” (Acesso igualitário, cuidados igualitários: unindo a Europa contra o cancro de cabeça e pescoço, em tradução livre) a campanha destaca fatores de risco como tabaco, álcool e infeção por HPV, com especial atenção para a vacinação contra HPV entre os jovens, promoção da saúde oral e redução de comportamentos de risco.

Ana Joaquim, presidente do GECCP, sublinha que detetar cedo e garantir tratamento oportuno são determinantes para melhorar prognósticos e qualidade de vida. A informação precisa atingir toa a população, sem exceções geográficas ou socioeconómicas.

Para além dos rastreios, também se realizam sessões educativas nas escolas para jovens e formação para profissionais de saúde, com ênfase na deteção precoce e encaminhamento adequado.

O 15.º Simpósio Nacional de Cancro da Cabeça e do Pescoço realiza-se a 20 de setembro no IPO do Porto. N0 encerramento realiza-se um jogo de andebol do FC Porto com camisolas alusivas à campanha.

Mobilização entre os jovens

Antes do arranque oficial, a campanha já esteve presente nos festivais de verão com a iniciativa "Língua para Fora", lançada no Dia Mundial do Cancro da cabeça e do Pescoço (27 de julho).

Através de ações como o Espelho Selfie e Mural coletivo de línguas, jovens foram convidados a observar a cavidade oral como forma simples de rastreio.

A iniciativa, segundo comunicado enviado às redações, marca também presença no Caixa Alfama (26 e 27 de setembro).

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