Por proposta dos Democratas, o acordo inclui ainda um pacote financeiro de ajuda às vítimas do furacão Harvey, que na semana passada varreu a costa sul dos EUA, sobretudo o Estado do Texas, tendo provocado mais de 40 mil desalojados.
"Acordámos uma extensão do teto da dívida", disse Trump aos jornalistas a bordo do avião Air Force One, a caminho do Dakota do Norte, onde tem marcada uma ação de promoção da sua reforma fiscal.
Pelo seu lado, o líder dos Democratas no Senado, Chuck Schumer, definiu o acordo como "um bom momento de bipartidarismo" no Congresso".
O acordo colheu de surpresa os líderes do Partido Republicano no Congresso, que planeavam aumentar o teto da dívida até ao final de 2018, numa manobra destinada a colocar pressão sobre os Democratas.
O presidente republicano da Câmara de Representantes, Paul Ryan, tinha mesmo classificado como "escandalosa" a proposta democrata que serviu de base ao acordo alcançado com Donald Trump.
O prazo para aprovar um novo teto de dívida e financiar o Governo para o próximo ano fiscal (que começa a 1 de outubro) vence no final deste mês, mas, após o anúncio de hoje, os legisladores terão tempo até dezembro para fechar um acordo mais alargado e de maior alcance.
Há seis anos, a falta de acordo sobre o aumento do teto da dívida deixou os EUA à beira de declarar a suspensão dos pagamentos do Governo, e levou a agência de notação financeira Standard and Poors a diminuir pela primeira vez na história o "rating" da dívida norte-americana, que está perto de atingir os 20 bilhões de dólares.
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