O tema do momento é o regresso, a retoma, o desconfinamento.

Deixámos de estar com os olhos postos na curva, interiorizámos que estamos no planalto, mesmo que em alguns momentos o conceito seja confundido com a descida até ao sopé.

Agora é tempo de redefinir quase tudo, como se tivéssemos de reaprender o que significa regressar à vida normal. Na verdade, é  disso que se trata.

Restaurantes, cabeleireiros e escolas vão reabrir, gradualmente, com regras, mas, a principal questão é outra. Como nos iremos nós comportar agora que voltamos a poder interagir uns com os outros? Como irá correr, em termos de saúde pública. a gestão de uma situação que passa a depender muito mais da nossa auto-regulação e menos da imposição do Estado? Como irá correr, em termos económicos, o regresso a hábitos tão quotidianos quanto tomar um café ou entrar numa loja para comprar uns sapatos ou um livro?

O que ficámos a saber:

• Não é oficial, mas é oficioso. Segundo o jornal Público, o pequeno comércio deve abrir portas a 4 de maio e aulas presenciais regressam para o 11.º e o 12.º anos no dia 18. A decisão final - e oficial - será conhecida no dia 30 de abril.
• "Se as coisas começarem a correr mal, nós temos que dar um passo atrás". Isto é o que vai avisando o primeiro-ministro, António Costa
• Portugal vai regressar ao trabalho mas as regras de regras de higiene, saúde e segurança terão de ser "mais exigentes", reforça o ministro da Economia,  Pedro Siza Vieira
• A maioria das empresas quer, por seu lado, ver as restrições reduzidas e reiniciar a atividade. 26,9% está sem liquidez para resistir mais de 30 dias sem apoios, segundo um inquérito realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa
• O desconfinamento está menos à vista para alguns setores e um dos mais complexos em termos de retoma da atividade é o dos festivais de música. O primeiro-ministro recebe na amanhã os empresários e promotores dos maiores festivais de música em Portugal
•  Na verdade, mais de metade da população precisa de um regresso urgente da atividade económica. Quase 60% da população ativa está a sofrer redução de rendimentos devido à perda de emprego ou à diminuição do trabalho como consequência da pandemia covid-19, segundo os resultados de um inquérito publicado hoje pela Deco Proteste.

créditos: © 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.[/caption]

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A fechar, uma imagem deste novo normal de todos os dias.

As máscaras entraram nas nossas vidas e há de todo o género. As da foto são fruto da criatividade de uma mãe na Palestina que para entreter os filhos usou couves como matéria-prima. Não são propriamente anti-vírus, mas dão uma imagem para recordar.

Photo by MOHAMMED ABED / AFP[/caption]