"O que vai ser feito é a substituição dos postes de madeira que suportavam a linha e a colocação de novas infraestruturas metálicas, suportadas por betão. Tudo isto será suportado pelo financiamento direto do BAD", declarou à Lusa Luís Mandlate, diretor executivo do Gabinete de Reconstrução Pós-ciclones.

As obras, que terão um prazo de execução de 18 meses, vão cobrir uma extensão total de 65 quilómetros nos distritos de Buzi e Nhamatanda, na província de Sofala, centro de Moçambique.

"Isto significa que a qualidade e fiabilidade de energia nesta zona vai melhorar, uma vez que não teremos as interrupções de energia que neste momento caracterizam os distritos. Teremos uma linha mais robusta", frisou Luís Mandlate.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocando mais de 600 mortos, tendo a província de Sofala sido severamente afetada.

Cerca de 90% da cidade da Beira, capital provincial de Sofala, foi destruída pelo ciclone.

Poucos meses depois, em abril do mesmo ano, Moçambique voltou a ser afetado por um ciclone (o Kenneth), que matou 45 pessoas no norte do país.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: um total de 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos dois ciclones.

Moçambique é considerado um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas no mundo.

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