O Ministério do Interior do Bahrein não identificou os portais visados, mas tanto a Agência de Notícias do Bahrein, controlada pelas autoridades, como o site do parlamento estavam em baixo.
"Os portais estão a ser alvo [de ataques] para dificultar as eleições e divulgar mensagens negativas, numa tentativa desesperada que não irá afetar a determinação dos cidadãos que irão às urnas", disse o Ministério do Interior.
Segundo capturas de ecrã feitas por cibernautas, os portais inicialmente exibiam uma imagem em que um grupo ou 'hacker' até agora desconhecido, chamado Al-Toufan, ou "O Dilúvio" em árabe, reivindicava o ataque, "devido à perseguição realizada pelas autoridades do Bahrein e implementando a vontade popular de boicotar estas eleições simuladas".
O Bahrein, um estado insular do Golfo Pérsico com cerca de 1,4 milhões de habitantes, é uma monarquia controlada por sunitas e acusada de discriminação contra a maioria xiita.
Um grupo de oposição xiita banido pelas autoridades tinha apelado aos eleitores que boicotassem a eleição, que irá eleger os 40 membros da câmara baixa do parlamento do Bahrein, o Conselho de Representantes.
A câmara alta do parlamento, o Conselho Consultivo, é nomeada por decreto real pelo rei Hamad bin Isa Al Khalifa.
Há uma década que o Bahrein tem imposto uma campanha de repressão contra os dissidentes políticos, centenas dos quais foram detidos desde que as autoridades esmagaram os protestos da Primavera Árabe de 2011, com a ajuda dos vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
O Bahrein também deportou ativistas xiitas, retirou a cidadania a centenas de outros e encerrou o principal jornal independente do país.
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