Desde o início, a epidemia mundial do novo coronavírus parecia poupar o Iraque, mas nas últimas semanas a situação mudou no país de 40 milhões de habitantes, devastado pelas guerras e com serviços públicos decadentes há décadas.

O Ministério da Saúde indicou hoje que o Iraque conta com 39.139 infetados, dos quais 1.437 morreram e 18.051 estão curados.

Só nas últimas 24 horas foram registados 2.437 casos nas 18 províncias do país, assim como 107 mortes.

O Iraque, que fez menos de meio milhão de testes desde março, tem grande falta de médicos, hospitais e medicamentos. O país recebeu ajuda para enfrentar a pandemia, sobretudo da China e dos Emirados Árabes Unidos, mas os profissionais de saúde continuam a lamentar a falta de camas e de ventiladores.

As autoridades decretaram inicialmente o confinamento obrigatório, mas atualmente está em vigor na maioria das províncias o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 05:00, permitindo alguma atividade económica no país, o segundo produtor da OPEP, atingido pela queda do preço do petróleo.

Apesar das medidas adotadas pelas autoridades, a contaminação continua a aumentar, afetando por vezes famílias extensas, nomeadamente após casamentos e funerais, ainda que as concentrações estejam proibidas.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou quase 482 mil mortos e infetou mais de 9,45 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

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Lusa/fim