"O objetivo é estabelecer o controlo total sobre o território das regiões de Donetsk e Luhansk", refere uma atualização publicada na página do Estado-Maior na rede social Facebook.

A retirada das tropas russas foi concluída e os militares estão a dirigir-se para a cidade russa de Valuiki, na província de Belgorado, disse o Estado-Maior.

A atualização refere que é notório "o movimento de colunas de armas e equipamentos militares no território da República da Bielorrússia" e que "uma grande parte" dos aviões e helicópteros russos foi transferida de aeródromos da Bielorrússia para a Rússia.

O Estado-Maior acredita que, nas regiões de Donetsk e Luhansk, os militares russos estão a concentrar esforços para tentar conquistar as cidades de Popasna e Rubizhne, bem como estabelecer o controlo total sobre Mariupol.

Outras cidades e localidades nas duas regiões estão sujeitas a bombardeamentos contínuos, refere a atualização.

O Estado-Maior acusou as tropas russas de atacarem a cidade de Nikolaev, no sul, perto da costa do Mar Negro, com bombas de fragmentação proibidas pela convenção de Genebra.

"Habitações civis e instalações médicas, incluindo um hospital infantil, foram atacados pelo inimigo. Há mortos e feridos, incluindo crianças," refere a atualização.

As tropas russas também continuam a bloquear a cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, de acordo com o Estado-Maior.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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