A economia brasileira encolheu 9,7% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, segundo informações divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi uma queda histórica, provocada pelas medidas de isolamento social impostas para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 11,4%.

Em ambas as comparações, esta é a maior queda trimestral da economia do país desde o início da série histórica do IBGE, em 1996.

No entanto, Guedes insistiu que este resultado é fruto da crise da covid-19, que atingiu o país há muito tempo e defendeu que o Brasil "já está a crescer" novamente.

O ministro também descartou que no final deste ano a retração do PIB do país fique em torno de 10%, como preveem alguns organismos internacionais.

Apesar do otimismo de Guedes, a maior economia sul-americana caminha para uma recessão histórica em 2020 que o mercado financeiro calcula em -5,3%, embora organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial prevejam uma queda maior, entre -8 e -9%.

A previsão do Governo brasileiro é de retração de 4,7% da economia neste ano e crescimento de 3,2% em 2021.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,9 milhões de casos e 121.381 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia do coronavírus que provoca a covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

CYR // LFS

Lusa/Fim