"Quanto ao XVIII Governo Constitucional, o tempo é de concentração máxima de todos os seus membros e os agentes do Estado na implementação das soluções que permitirão restabelecer níveis aceitáveis de reservas cambiais, pagar os salários de uma função publica pletórica, cuidar de aquilo que apenas por analogia se apelida de sistema nacional de saúde", afirmou hoje Patrice Trovoada, após prestar juramento como chefe do próximo executivo são-tomense, perante o Presidente da República, Carlos Vila Nova, e outros altos representantes do Estado, bem como membros da comunidade internacional.
"Melhorar a educação e a formação profissional, recuperar as infraestruturas, tornar cada vez mais efetivo o acesso à justiça, proteger melhor as pessoas e os bens, reforçar os sistema de defesa nacional e aumentar a advocacia juntos dos nossos parceiros atuais e potenciais para que, na pior das hipóteses, mantenham o seu nível contribuição à ajuda pública internacional, particularmente face à agudização da crise prevista para o ano que se avizinha" foram outros objetivos traçados por Patrice Trovoada, que assume pela quarta vez o cargo de primeiro-ministro, depois de 2008, 2010-2012 e 2014-2018.
Este caminho "não é uma opção, é uma obrigação", salientou, num discurso em que traçou um quadro negro da situação do país, altamente dependente de ajudas externas.
"Temos que trabalhar muito para quebrar este ciclo em que a ganância de uns e o amadorismo de outros colocaram o país", referiu o líder da Ação Democrática Independente (ADI), que venceu as legislativas de 25 de setembro com maioria absoluta (30 deputados de um total de 55 na Assembleia Nacional).
"Não temos hoje outro caminho que o do fim da impunidade, o fim da anarquia, do combate aberto e sem tréguas contra a corrupção cancerígena, adotando a seriedade, o realismo e o trabalho metódico para travar essa decadência que nos levará irremediavelmente a um suicídio coletivo", acrescentou.
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Lusa/fim
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