O apoio declarado da congressista surge num momento em que o ex-presidente está a ser amplamente responsabilizado por outros Republicanos por alguns dos fracassos do partido nas eleições intercalares.

Stefanik, de Nova Iorque, foi mencionada como uma possível candidata à vice-presidência numa possível candidatura de Donald Trump.

O ex-presidente prometeu fazer um grande anúncio na próxima terça-feira, no seu clube privado de Mar-a-Lago, que se antevê ser o anúncio da sua intenção de concorrer novamente à Casa Branca, depois da derrota perante Joe Biden há dois anos.

"É muito claro que o Presidente Trump é o líder do Partido Republicano", disse Stefanik em comunicado.

"Tenho orgulho em apoiar Donald J. Trump para Presidente em 2024", disse a deputada, mesmo sem um anúncio oficial do ex-presidente.

"É hora de os Republicanos se unirem em torno do Republicano mais popular da América, que tem um histórico comprovado de governação conservadora", acrescentou.

Mas Stefanik é uma exceção entre a liderança Republicana, em que cresceu a relutância em ver Trump regressar a uma corrida presidencial, já que os candidatos que apoiou nas eleições intercalares estão a ser apontados como responsáveis pelos resultados aquém do esperado para o partido.

Os Republicanos esperavam uma "onda vermelha" (referência à cor do partido) que lhes daria grandes vitórias nas corridas para governadores, Congresso, além de enfatizar a rejeição ao Presidente, Joe Biden, e à agenda Democrata.

Em vez disso, os Republicanos obtiveram apenas ganhos modestos na Câmara de Representantes e perderam uma cadeira crucial no Senado, na Pensilvânia, após o Democrata John Fetterman ter derrotado o médico celebridade apoiado por Trump, Mehmet Oz.

Exemplo das dificuldades dos Republicanos é a corrida da congressista Republicana Lauren Boebert - uma fiel aliada de Trump e ativista pró-armas -, que permanece extremamente acirrada e pode ser encaminhada para uma recontagem na tentativa de reeleição do Democrata Adam Frisch, ex-vereador da cidade de Aspen, no Colorado.

O acirramento da disputa atraiu a atenção nacional à medida que os Republicanos se aproximam dos 218 assentos que lhes dariam o controlo da Câmara de Representantes.

Boebert era vista como potencial vencedora, mas, até ao momento, só conseguiu uma vantagem de 0,4 pontos percentuais, dentro da margem de 0,5 pontos que acionam uma recontagem automática.

Com os votos ainda a serem contabilizados, o controlo da Câmara e do Senado ainda permanece indefinido.

Outros Republicanos estão a pedir que o partido abandone a era Trump.

Stefanik, que venceu facilmente a sua própria reeleição para outro mandato de dois anos em Nova Iorque, lançou a sua carreira como uma voz conservadora mais moderada e como um dos membros mais jovens da Câmara, sendo vista como uma estrela em ascensão na órbita de Trump.

A deputada não contrariou as especulações sobre uma possível indicação sua à vice-presidência.

Stefanik e Trump permanecem próximos e trabalham juntos, com a deputada a ajudar na angariação de fundos e apoio para vários membros recém-eleitos do Congresso, de acordo com uma pessoa familiarizada com a situação que falou na condição de anonimato.

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