A competência de geriatria foi criada em 2014 em Portugal, com critérios de admissão para médicos com licenciatura/mestrado integrado em medicina inscritos na Ordem dos Médicos e demonstração curricular de atividade clínica com idosos nos últimos cinco anos a nível hospitalar, cuidados de saúde primários ou instituições particulares de solidariedade social/setor social da saúde.

A Ordem registava no final do ano passado 101 médicos com competência em geriatria, especialistas na biologia, fisiologia e anatomia do envelhecimento, e no papel da família e cuidadores na prestação de cuidados ao idoso, além da avaliação geriátrica global.

Uma publicação da Ordem sobre a formação pós-graduada em geriatria, onde constam os critérios de admissão, enumera as síndromes geriátricas, entre as quais estão a depressão, a dor crónica, a desnutrição, instabilidade, quedas, imobilidade, disfagia e incontinência urinária e fecal.

O aumento da procura por médicos geriatras é resultado do envelhecimento demográfico, que, segundo as últimas estimativas do Instituto Nacional de Estatística sobre a população residente em Portugal, se acentuou em 2022, registando o índice de envelhecimento - que compara a população idosa (65 e mais anos) com a jovem (dos 0 aos 14 anos) - um valor de 185,6 idosos por cada 100 jovens, acima dos 181,3 de 2021.

VP // JMR

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