"Eu, como Presidente da Croácia, na cimeira da NATO, darei o meu veto ao convite (à Finlândia e à Suécia), se o consentimento for solicitado a esse nível", disse Milanovic.

Seja como for, Milanovic também reconheceu que não estará em condições de exercer esse veto durante a próxima cimeira da NATO em Madrid, no final de junho, já que o Presidente croata, com funções protocolares e representativas, não estará envolvido no processo de admissão de novos membros da organização, sendo o Parlamento que deverá dar aprovação de decisão.

Milanovic criticou ainda o Governo do seu país, chefiado pelo primeiro-ministro conservador Andrej Plenkovic, de se composto por "traidores" à pátria e de estar ao serviço de Bruxelas.

O Presidente não esclareceu que relação a possível entrada da Finlândia e da Suécia na NATO - em plena guerra na Ucrânia - tem com uma lei eleitoral na Bósnia, país que não faz parte da União Europeia (UE) ou da NATO.

A lei eleitoral bósnia deverá ser alterada pelo Parlamento da Bósnia-Herzegovina, país dividido em três grupos étnicos: bósnios (muçulmanos), sérvios e croatas.

Na segunda-feira, Plenkovic acusou o Presidente Milanovic de se comportar como um "agente russo" e de causar um dano ao prestígio da Croácia, com os seus comentários sobre esta questão.

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