Governo de Albuquerque fica em funções: haverá novas eleições na Madeira?
Qual a notícia?
O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, vai manter o Governo Regional, de gestão, em funções, até o chefe de Estado decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, o que só poderá ocorrer depois de 24 de março.
"Em suma, considero ser preferível manter a atual situação do XIV Governo Regional – o qual permanecerá em funções de gestão por poucas semanas, eventualmente prolongadas em caso de agendamento de eleições –, a nomear já um novo Governo Regional, que, ainda mesmo antes de conhecer os assuntos pendentes, poderia dentro em pouco entrar também em funções de gestão", afirmou hoje Ireneu Barreto, numa declaração aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, no Funchal.
Quais as reações?
O PSD/Madeira reiterou hoje que continua preparado para indicar um novo Governo Regional como solução para a crise política, mas assegurou que caso sejam marcadas eleições antecipadas os sociais-democratas irão a votos "de cabeça levantada".
Já o líder do PS/Madeira considerou que o representante da República tomou "a melhor decisão" ao manter o Governo Regional, de gestão, em funções e renovou o apelo ao chefe de Estado para convocar eleições antecipadas no arquipélago.
O PAN/Madeira, que permitiu Governo de direita na Madeira, manifestou-se preparado para eleições legislativas regionais antecipadas, mas reiterou que prefere a indigitação de um novo executivo, sem Miguel Albuquerque, arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
O que se sucederá?
Estão todos à espera de uma decisão de Marcelo Rebelo de Sousa. Contudo, muitos apostam em eleições antecipadas.
O BE/Madeira considerou lógica a decisão do representante da República de manter em funções o atual Governo Regional, de gestão, e considerou que o chefe de Estado não tem outra solução que não seja a convocação de eleições.
O Chega/Madeira afirmou também que a decisão do representante da República de manter em funções o Governo Regional (PSD/CDS-PP), de gestão, indica que o chefe de Estado vai marcar eleições antecipadas depois de 24 de março.