A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alertou hoje que a interrupção dos tratamentos oculares pode levar a perda grave de visão e cegueira, apelando aos doentes para não terem receio de ir aos hospitais e retomar as consultas.
A Ordem dos Médicos critica a decisão da Administração Regional de Saúde de deixar toda a região de Lisboa sem urgência noturna de oftalmologia, ficando apenas um especialista de prevenção para doentes politraumatizados, internados ou casos de glaucoma agudo.
As consultas hospitalares de neurocirurgia, dermato-venerologia e oftalmologia foram em 2018 as que ultrapassaram mais os tempos máximos de espera definidos, segundo dados hoje hoje divulgados que apontam para mais de 12,1 milhões de consultas nos hospitais.
O ministro da Saúde afirmou hoje que o número de consultas de oftalmologia aumentou nos últimos anos, mas reconheceu que o Serviço Nacional de Saúde tem de aumentar a capacidade de resposta para atender principalmente à população idosa.
O Ministério da Saúde constituiu uma comissão para elaborar uma Estratégia Nacional para a Saúde da Visão, que deve ser apresentada dentro de dois meses, segundo um despacho hoje publicado em Diário da República.