A “Desabafa é um serviço sobre questões de que não se pode falar com ninguém” explica. Se quer desabafar, mas “tem vergonha da situação” ou “tem medo da consequência”, esta aplicação é para si.

Cem por cento anónima, é óptima para quando “querem falar dos maridos, das namoradas, do patrão ou do colega e não têm ninguém com quem conversar.

Nela podem encontrar pares, alguém que tenha passado pela mesma situação e que “vos compreenda”. É, no fundo, segundo o seu fundador, “uma rede solidária”. A “Desabafa” é “o ombro amigo” que muitas vezes precisamos.

Os desabafos mais comuns, conta, são sobre relacionamentos, namorados, ex-namorados, amigos coloridos, traição, abandono, indiferença ou sobre identidade sexual.  “Na realidade o que incomoda mais as pessoas, sejam homens ou mulheres, são os relacionamentos. Porque o resto resolve-se.”, diz.

A Desabafa existe desde março de 2015, no Brasil, mas também já está em Portugal. No entanto, os utilizadores portugueses são ainda residuais, apenas 1% da comunidade. “Ainda não foi feita divulgação em Portugal”, mas acredita que depois da Web Summit os portugueses vão desabafar mais.

Com 15 mil utilizadores ativos por mês, os desabafos são públicos dentro da comunidade e têm a duração de 24 horas. Todos os dias são partilhados cerca de mil desabafos. Quanto a objetivos, o “céu é o limite” mas esperam atingir cerca de um milhão de desabafos diários.

Ruy Góes não precisa de desabafar, mas brinca: “eu podia desabafar sobre o meu país, o Brasil realmente está uma coisa horrível”.

Fica a curiosidade, que tipo de desabafos terão os participantes da Web Summit?