Amelia Earhart foi a primeira mulher a sobrevoar sozinha o Atlântico. Tinha, porém, um objetivo maior: ser a primeira a dar a volta ao mundo de avião. Todavia, o Lockheed Electra que pilotava nessa aventura terá ficado sem combustível e caído no oceano Pacífico a 2 de julho de 1937 - e a viagem nunca foi concluída.
Os restos mortais da aviadora norte-americana, porém, nunca foram encontrados e o mistério em torno do destino de Earhart foi adensando nestes oitenta anos. Agora, uma fotografia revelada no documentário “Amelia Earhart: The Lost Evidence” (A prova perdida), do canal História, faz tremer as teorias sobre o fim da viagem de Earhart, cujo óbito só foi declarado em 1939.
A foto terá sido tirada num cais em Jaluit, nas Ilhas Marshall. Nesse tempo, preâmbulo da segunda guerra mundial, o arquipélago no oceano Pacífico estava sob ocupação japonesa. Shawn Henry, ex-diretor assistente do FBI, acredita que a fotografia foi tirada por um espião norte-americano que estava a observar as movimentações das forças armadas nipónicas no Pacífico.
Henry lidera a equipa de investigadores que examinou provas da queda da aeronave. Entre essas provas estão destroços achados numa ilha do Pacífico.
Já, Les Kinney, o ex-investigador do governo norte-americano que encontrou a imagem, passou 15 anos a investigar a morte de Amelia Earhart, não tem dúvidas de que a fotografia mostra que a aviadora foi capturada pelos japoneses.
Na imagem, uma mulher está sentada à beira mar, entre barcos e algumas pessoas. Está de costas, mas Kent Gibson, um perito em reconhecimento facial, num clip do documentário revelado pela NBC, acredita que as medidas dos ombros da mulher na imagem, bem como o cabelo curto coincidem com os de Earhart.
As teorias, porém, divergem. Investigadores ouvidos pelo Guardian e até o website da aviadora lançam a investigação noutras direções. O esqueleto parcial de um náufrago encontrado nos anos 1940 mostra algumas semelhanças com Earhart, dizem alguns cientistas que analisaram estas e outras provas nos últimos anos. Mas outros têm dito que não tem semelhanças nenhumas e a discussão permanece em aberto.
O desaparecimento de Earhart e do navegador Fred Noonan que a acompanhava na viagem continua a ser um dos grandes mistérios do século XX. Há imensas teorias em torno deste evento, que vão desde problemas de comunicações entre o avião e o navio que o apoiava, falta de preparação dos tripulantes, aterragem noutros lugares, missões de espionagem encobertas pelo governo norte-americano, prisão. Mas há também quem acredite que Earhart possa ter vivido secreta e calmamente em Nova Jersey, nos Estados Unidos, ou numa plantação de árvores borracheiras das Filipinas, pode ler-se na página do Museu Nacional do Ar e do Espaço norte-americano.
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