O anúncio foi feito hoje pela ViacomCBS, detentora da Simon & Schuster, a terceira maior editora do país, que, ao fechar este negócio com o grupo editorial Penguin Random House, subsidiário da empresa alemã Bertelsmann, por 2,18 mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros), vai gerar um colosso editorial que poderá desencadear problemas de concorrência.
Ambos os grupos publicam alguns dos autores mais vendidos, como é o caso de Stephen King e Doris Kearns Goodwin, pela Simon & Schuster - que no passado também editou obras de escritores como Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald -, ou de Barack e Michelle Obama e John Grisham, pela Penguin Random House.
Este acordo “é o resultado de um negócio altamente competitivo, que atraiu o interesse de compradores de todo o mundo, refletindo a posição da Simon & Schuster como uma das marcas editoriais mais conhecidas mundialmente”, revelou a ViacomCBS, em comunicado.
A empresa norte-americana, proprietária dos canais de televisão CBS, MTV, Comedy Central, Nickelodeon e Showtime, assim como dos estúdios Paramount e Miramax, já não considerava a sua editora uma prioridade e há vários meses que tentava vendê-la.
O grupo de media pretende investir o dinheiro da transação nas suas prioridades estratégicas, incluindo o ‘streaming’, para pagar aos seus acionistas e reduzir a sua dívida.
O negócio deverá ser fechado em 2021, mas por enquanto ainda não recebeu luz verde das autoridades de concorrência.
Se a transação se efetuar, a Simon & Schuster continuará a operar como uma entidade à parte dentro da Penguin Random House, e será gerida pelo seu atual diretor-geral, Jonathan Karp.
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