• Estar à altura
    Muitas das melhores histórias não são escritas no teclado do computador, saem directamente do coração. O ofício de jornalista trata de construir frases para dar a entender, com a maior precisão e clareza possíveis, aquilo que de relevante acontece. Às vezes, quando a tristeza é tão grande e a alma e
  • A arma televisiva
    Hamad bin Khalifa, emir do Qatar durante 18 anos (de 1995 até abdicar para o filho em 2013), chegado ao poder depois de derrubar o pai num golpe de estado, liderou um pequeno país que não chega a ter o tamanho da Estremadura e Ribatejo juntos, mas que projetou muito poderoso no mundo. O Qatar tem um
  • Um Papa nada convencional
    A percepção é determinante. Bento XVI apareceu-nos sempre como um velho professor, fechado, austero na sua cátedra. As suas palavras como Papa exprimem pensamento que se traduz em lições e doutrina. Como se estivesse sempre a falar para audiências qualificadas. O Papa Francisco nunca se põe na cáted
  • A Liberdade no Dicionário
    Neste dia 25 de Abril vem para o topo uma recomendação: procurar e entrar pela leitura do primeiro dos novos oito volumes de uma obra fundamental, o Dicionário da História de Portugal. Joel Serrão iniciou, a grande tarefa deste Dicionário nos anos 60 do século XX. Trouxe-nos então, em seis volumes,
  • A Revolução Francesa
    As sondagens mostraram-se fiáveis, a questão presidencial francesa está resolvida: salvo enorme e improvável surpresa, Emmanuel Macron vai ser, a partir de 7 de maio, presidente da França. O duelo final vai opor dois modelos de sociedade claramente distintos: a França inclusiva e aberta ao mundo pr
  • Présidente Le Pen?
    A pergunta mais essencial em volta das eleições presidenciais em França leva o nome de Marine Le Pen, e é esta: ela pode realmente ser eleita presidente de França? É a pergunta fulcral porque há a noção de que a eleição de Le Pen significaria, um ano depois do Brexit, o abrir de portas ao Frexit, po
  • Qual será a surpresa final?
    Houve um tempo em que triunfavam e influenciavam o cinema, a música e a literatura de França. Truffaut e Godard, Gréco e Ferré, Genet e Camus, Duras e Yourcenar. É uma época que começou a extinguir-se um pouco antes do final do século XX. Era uma ocasião em que ir a Paris era uma primeira ambição de
  • Rússia forte e Rússia vulnerável
    Agora, foi na esplêndida e histórica São Petersburgo. Este ataque do terror a Putin, no dia em que o presidente russo estava na cidade onde se impôs como homem poderoso, parece ser, apesar das poucas certezas, o preço que a Rússia paga por estar a impor a sua força militar na Síria. O ataque no metr
  • London calling
    Um documentário recente da BBC mostra admiravelmente como em menos de dois séculos Londres deixou de ser uma capital exclusivamente branca para se tornar uma metrópole global, multicolor, multirracial, onde convivem umas 50 culturas e mais de 100 línguas. É uma Babilónia moderna, numa cidade toleran
  • Um holandês preconceituoso
    Qualquer de nós pode ter um mau dia. Este Jeroen Dijsselbloem tem um problema, acumula dias maus. Já todos sabemos o que comentou em entrevista ao Frankfurter Allgemeine: Vê os países da Europa do Sul como esbanjadores em copos e mulheres. Jeroen Dijsselbloem é ainda ministro da Economia da Holanda
  • O rapto da Europa
    A Europa aparece-nos hoje como uma entidade confusa, vaga, com a alma sequestrada. Vale lembrar relatos mais antigos. Na mitologia grega, Europa era filha de Agenor, rei da Fenícia, e foi raptada por Zeus que a levou para Creta, para que Hera, a muito ciumenta mulher, não ficasse a saber. Ovídio, no
  • O que se passa agora na Holanda?
    Ninguém na Europa estaria a ligar às eleições desta quarta-feira na próspera, pacífica e tradicionalmente libertária Holanda e a ficar nervoso à espera dos resultados se não fosse esta personagem com cabeleira que faz lembrar os compositores clássicos do século XVIII: Geert Wilders. A única conhecid
  • Museus no século XXI
    O museu mais visitado na América está em crise. É o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, conhecido como o Met. Recebe sete milhões de visitantes por ano, tem 2200 funcionários e um orçamento anual de 276 milhões de euros. O Met, fundado em 1880, e desde então várias vezes usado pelo cinema (p
  • Mister Chance e Bonnie & Clyde em 2017
    Os Estados Unidos, desunidos, estão mesmo a viver uma época de mudança. Na sexta-feira, Trump apareceu conquistador e foi aclamado como herói, em Fort Washington, no conclave deste ano da CPAC, a Convenção Conservadora, o músculo mais ideológico da direita republicana, que há bem poucos meses exprim
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