“Portalegre agradece-lhe por nos fazer acreditar que é possível voltar a ter esperança no futuro e que unidos por um desígnio comum poderemos fazer do nosso Alentejo um território de oportunidades e de excelência”, disse.

A autarca independente, que falava no decorrer no Convento de Santa Clara, em Portalegre, onde decorreu o almoço comemorativo do Dia de Portugal, oferecido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou ainda que a “primeira presidência aberta” do chefe de Estado foi naquela cidade alentejana.

“Nunca esqueceremos que Portalegre foi a primeira cidade que Vossa Excelência, senhor Presidente, visitou após a tomada de posse conferindo de forma explicita e deliberada uma atenção especial à nossa região”, acrescentou.

Adelaide Teixeira desafiou ainda o Corpo Diplomático presente no almoço para “ajudar” a divulgar e promover aquela região.

“Colocamos muita expectativa na vossa presença, esperando que nos possam ajudar a levar Portalegre para o mundo, abrindo portas e horizontes ao concelho implantado em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, e eventualmente, proporcionando novas oportunidades de negócio aos empresários e investidores”, disse.

“Há um ciclo de oportunidades para o investimento e desenvolvimento desta cidade, deste concelho e deste território. Assim possa contribuir a vossa presença de forma direta e indireta para gerar maiores dinâmicas na economia local, para a criação de emprego e para a retenção de talentos e massa critica na nossa região”, acrescentou.

O Presidente da República não discursou no decorrer do almoço, tendo apenas brindado e agradecido a presença dos convidados.

Marcelo Rebelo de Sousa: As "necessidades e premências" de Portalegre

O Presidente da República alertou hoje para as “necessidades e premências” que existem no distrito de Portalegre, considerando que as comemorações do 10 de Junho vão “marcar a diferença” no futuro daquela região.

“Há um passo que já foi anunciado, uma barragem [Barragem do Pisão] que se esperava há muito tempo que vai avançar. Há necessidades e há premências sobretudo da proximidade, de acessibilidade, de mobilidade, de interpenetração social e cultural que não poderão ser adiadas”, disse.

Para o chefe de Estado, as comemorações do 10 de Junho em Portalegre não servem apenas para “chamar à atenção” num curto espaço de tempo.

“O 10 de Junho não é só para chamar à atenção num dia, dois dias, três dias, é para marcar uma diferença e essa diferença vai ser marcada no futuro, eu tenho a certeza”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas se as comemorações do 10 de Junho ao decorrerem em Portalegre poderão ter influenciado de alguma forma a decisão do Governo de anunciar a construção da Barragem do Pisão, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou essa possibilidade, afirmando que “houve uma pressão do povo” para que o projeto se concretize.

“Eu acho é que houve uma pressão do povo desta região ao longo de muitas décadas e essa pressão no momento em que isso passou a ser possível concretizou-se. Teve sucesso, o mérito não é do Presidente da República, não é de uma instituição, é daqueles que lutaram durante décadas por uma realidade que era óbvia”, declarou.

O Governo anunciou na sexta-feira que o empreendimento de aproveitamento hidráulico de fins múltiplos (Barragem do Pisão), no Crato, distrito de Portalegre, vai contar com um investimento total de 168 milhões de euros, devendo o projeto estar concluído em 2027.

(Notícia atualizada às 14h32)

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