Acompanhado pelo primeiro-ministro neerlandês em exercício - Mark Rutte apresentou a demissão em julho -, Volodymyr Zelensky confirmou hoje o acordo que representa “mais um passo para reforçar o escudo aéreo da Ucrânia”, em alusão a "42 caças F-16" que irá receber assim que os pilotos e engenheiros ucranianos concluirem a formação.
O anúncio foi feito minutos depois de Rutte e Zelensky terem inspecionado dois jatos F-16 estacionados numa base aérea neerlandesa e no âmbito da visita do presidente da Ucrânia, este domingo, aos Países Baixos.
Na sexta-feira, os EUA autorizaram a Dinamarca e os Países Baixos a fornecer caças F-16 à Ucrânia, um passo necessário para o fornecimento destes aviões de produção norte-americana.
“Os caças serão utilizados para afastar os terroristas russos das cidades e vilas ucranianas”, afirmou o presidente ucraniano.
“Hoje foi a primeira vez que ouvi o acordo mais importante, que é o facto de, além dos Estados Unidos – e estamos gratos por isso -, os Países Baixos serem o primeiro país a concordar em entregar F-16 à Ucrânia após a formação.
Sobre a situação no terreno, o líder ucraniano disse que Kiev “está a avançar” e sublinhou que a guerra é dominada pela contraofensiva do seu país. Contudo, as autoridades ucranianas têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e os resultados não estão a ser os esperados.
“Estamos a falar de defesas aéreas, temos o inverno pela frente e sabemos melhor do que ninguém o que é um inverno sem eletricidade. E esta é a complexidade da questão. Mas não vamos desistir, essa é a grande novidade”, continuou Zelensky, assegurando que o país procura “uma paz justa, com a recuperação total e a restauração da sua integridade territorial”.
Os F-16 eram um pedido recorrente de Volodymyr Zelensky para a contraofensiva, com vista a expulsar as forças russas das zonas ocupadas no leste e no sul da Ucrânia.
O número de caças, avançado por Zelensky, não foi confirmado pelos Países Baixos nem pela Dinamarca, para onde seguiu o líder ucraniano. Contudo, Zelensky sublinhou que o envio de F-16 para Kiev trata-se de uma “decisão histórica”.
“É apenas o começo”, escreveu no Twitter.
*com Lusa
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