Como a defesa não prescindiu da sua presença em audiência, um coletivo de juízes do tribunal de São João Novo, no Porto, decidiu adiar o início do julgamento para 08 de julho.

O tribunal decidiu também pedir uma perícia psiquiátrica de perturbação de personalidade para aferir se o arguido é ou não imputável e a sua perigosidade.

Os factos do processo remontam aos meses de dezembro de 2017 e de janeiro de 2018 e a juíza alvo das represálias exercia numa instância de Família e Menores da Comarca de Porto-Este.

Nessa qualidade, decidiu que o homem, de 45 anos de idade, devia deixar de ver o filho temporariamente, tendo em conta os comportamentos agressivos que estava a revelar e que obrigavam mesmo a acompanhamento em consultas de psiquiatria.

As ameaças, visando também a família da juíza, consumaram-se nomeadamente na rede social Facebook e em telefonemas.

"A partir de agora atiro a matar contra a juíza de Família e Menores e seus familiares", disse o arguido, de acordo com o processo, numa chamada que fez para a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária.

Ainda segundo o processo, numa das mensagens publicadas na rede social escreveu: "Matar a juíza de Família e Menores é único objetivo a partir de agora".

O arguido está acusado pela prática de um crime de coação contra órgão constitucional, outro de injúria agravada e um terceiro de ameaça agravada.

A magistrada judicial chegou a ter proteção policial.