Segundo adiantou hoje em declarações à Lusa, o jovem tem procurado trazer a família para Portugal, ao abrigo de um visto de reagrupamento familiar atribuído em regime excecional.
O afegão, que terminou, recentemente, um mestrado em Marketing no Porto, explicou que as forças militares portuguesas aconselharam que a família se deslocasse até ao aeroporto do Cabul, mas tal não foi possível.
Ainda na quinta-feira, Roshan e Lida pediram ajuda para chegar ao aeroporto, “mas os militares disseram que não podem sair da sua linha e só podiam esperar mais uma hora, entretanto, a explosão aconteceu”, detalhou.
O atentado suicida no aeroporto de Cabul de quinta-feira, reivindicado por um braço do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, matou pelo menos 170 pessoas e feriu 150.
Desde então, Nasir não tem tido resposta por parte das forças militares, que saíram do país na sexta-feira.
Nasir pede ajuda diplomática para conseguir tirar a família de casa e uma resposta urgente dos militares portugueses, já que terça-feira é o último dia de presença militar dos Estados Unidos naquele país.
Para Nasir, a solução passa por “um plano organizado do Governo, para ir buscá-las, como a Alemanha”, cuja embaixada “está a ajudar as pessoas a chegar ao aeroporto”, refere.
“Estamos na última hora. Espero que os militares portugueses, com a ajuda do Governo dos Estados Unidos, possam fazer alguma coisa”.
A Lusa contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas ainda não obteve resposta.
A maioria dos países da Aliança Atlântica (NATO) já terminou as operações no aeroporto Hamid Karzai, em Cabul, onde se aglomeraram milhares de afegãos na tentativa de deixar o país.
Segundo os últimos números, cerca de 114.000 pessoas foram retiradas de Cabul, desde a tomada da cidade pelos talibãs, em cerca de 2.900 em voos militares ou da coligação internacional. Portugal recebeu, até agora, 61 refugiados afegãos.
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