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O Governo prevê alienar até 44,9% do capital da transportadora aérea, reservando 5% para os trabalhadores, conforme estipula a Lei das Privatizações. Caso esta tranche não seja totalmente subscrita, o futuro comprador terá direito de preferência. A Parpública, empresa que gere as participações do Estado, terá 20 dias, até 12 de dezembro, para entregar ao Governo um relatório que identifique os interessados e avalie o cumprimento dos requisitos de participação. A partir daí, os candidatos poderão apresentar propostas não vinculativas, incluindo o preço oferecido e a forma de financiamento da aquisição.

Podem candidatar-se operadores nacionais ou estrangeiros, individualmente ou em consórcio, desde que cumpram critérios como receitas superiores a 5.000 milhões de euros em pelo menos um dos últimos três anos e experiência comprovada no setor da aviação. As propostas serão avaliadas também com base no reforço da frota, investimento em manutenção e engenharia, aposta em combustíveis sustentáveis, respeito pelos compromissos laborais e visão estratégica quanto à participação acionista.

O Governo prevê que a privatização, que inclui a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a Cateringpor e a SPdH (ex-Groundforce), decorra ao longo de cerca de um ano, dependendo de autorizações regulatórias. Além da Air France-KLM, já manifestaram interesse o grupo alemão Lufthansa e o International Airlines Group (IAG), dono da British Airways e da Iberia.

Enquanto decorre o processo de privatização, a TAP anunciou esta quarta-feira que registou lucros de 55,2 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025. Em comunicado, a transportadora refere que as receitas operacionais até setembro chegaram a 3.281,3 milhões de euros, mais 0,5% do que no período homólogo. No terceiro trimestre, os resultados líquidos foram positivos e atingiram 126 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro, a TAP transportou 12,7 milhões de passageiros, um aumento de 2,9% face a 2024. O número de voos cresceu ligeiramente 0,7%, a capacidade aumentou 3% e a taxa de ocupação subiu 1,3 pontos percentuais, atingindo os 84,2%. Apesar de ter registado "um dos verões mais movimentados", com mais capacidade, passageiros e voos, a companhia reconhece que este período também foi desafiante, com "várias disrupções operacionais", nomeadamente nos controlos de fronteira nos aeroportos nacionais e no espaço aéreo europeu, afetando a performance operacional e a satisfação dos clientes.

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