Na sua primeira intervenção pública, no debate Estado da Nação das Comunicações, no 27.º congresso da APDC, depois de ter assumido o cargo de presidente executiva da empresa, em julho, Cláudia Goya afirmou que a Altice, dona da PT/Meo, "pauta-se em todos os países onde está presente" por ter "uma abordagem de total respeito e confiança no trabalho dos diversos reguladores", aludindo à proposta de compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios.
"Depositamos total confiança no processo que está em curso", salientou a gestora, que ofereceu aos presidentes da NOS, Vodafone Portugal e CTT uma camisola que diz:'fair-play'.
No entanto, "não vou usar este palco para fazer passar nenhum tipo de mensagem", adiantou a gestora.
A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.
"A estratégia da Altice está bem definida, assenta numa convergência em três pilares", prosseguiu a gestora, apontando que o grupo detém televisões, rádios e jornais em vários países como França ou Israel.
"Não é novidade o que está a ser implementado" em termos de estratégia em Portugal, considerou, reiterando que neste momento o melhor é deixar "o processo ter o seu curso".
Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou o seu parecer sobre a operação de concentração, considerando que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar "nos termos em que foi proposta, pois "é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva" em vários mercados.
O parecer da Anacom não é vinculativo. Aguarda-se agora o parecer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), esse sim vinculativo, que deverá ser conhecido até 10 de outubro.
(Nota: O SAPO24 é a marca de informação do portal SAPO, detido pela MEO, propriedade da PT, empresa da Altice)
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