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“Quando um dos elementos do casal valoriza a contenção e a estabilidade financeira e o outro vive mais no limite, é importante que falem abertamente sobre o que cada um sente em relação ao dinheiro”, defende o terapeuta.
De acordo com o psicólogo, o essencial é perceber o que significa “ter o suficiente” para cada pessoa. A partir desse entendimento, o casal deve negociar um equilíbrio entre segurança e prazer, definindo um limite de despesas que satisfaça ambos. “O segredo é negociar e não tentar convencer o outro de que se tem razão”, sublinha.
As dívidas são um dos temas que mais facilmente abalam a confiança no casal. No entanto, para Fernando Mesquita, o problema raramente está no valor em si, mas na falta de transparência. “O primeiro passo é falarem abertamente sobre o que aconteceu”, aconselha. “Depois, devem construir um plano conjunto para rever despesas, definir prioridades e estabelecer metas realistas.”
Quando necessário, pode ser útil recorrer a um gestor financeiro familiar, que ajude a criar estratégias concretas e evite que o peso financeiro se torne emocionalmente insustentável.
A literacia financeira, lembra o especialista, deve começar dentro de casa. Envolver toda a família nas decisões, seja ao poupar para umas férias ou ao definir um orçamento mensal, que ajuda a criar consciência e responsabilidade financeira desde cedo.
“Esta atitude transmite aos filhos a ideia de que esta é uma questão importante e que deve ser tema de conversa em qualquer família”, afirma.
A preocupação com o dinheiro não é apenas uma questão prática, é também emocional. Um estudo realizado pelo Doutor Finanças em parceria com a Laicos – Behavioural Change, com chancela científica da NOVA IMS e da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, revela que cerca de metade dos portugueses sente ansiedade financeira e 22% admitiu que a preocupação com o dinheiro contribui para não se sentirem realizados profissionalmente. A incidência é maior nas mulheres, o que reflete desigualdades persistentes e uma pressão acrescida na gestão do orçamento doméstico.
*Editado por Ana Maria Pimentel
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