Num comunicado, hoje enviado à agência Lusa, em Luanda, o Ministério das Finanças angolano refere que, nesse sentido, esteve na capital angolana, entre 19 e 25 de setembro, uma missão técnica conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que apoiou as autoridades locais na adoção do e-GDDS.

“O sistema visa melhorar a publicação de dados macroeconómicos oficiais referentes ao país, particularmente através da Página Nacional de Síntese de Dados (NSDP), também referida por ‘central de dados’ económicos. A NSDP será postada na Plataforma Aberta de Dados (ODP) de Angola, providenciada pelo BAD, no âmbito do projeto ‘Autoestrada da Informação Africana'”.

Segundo o Ministério das Finanças angolano, a publicação dos principais dados macroeconómicos através da NSDP “facilitará aos decisores políticos, interessados domésticos e internacionais, incluindo investidores e agências de notação”, o acesso à informação que o Conselho Executivo do FMI identificou como sendo crucial para o acompanhamento da conjuntura económica e financeira do país.

Segundo o comunicado, tornar a informação mais acessível, em formatos que possam ser lidos tanto por pessoas como por computadores e mediante um calendário previsto de publicação, “permitirá que todos os utilizadores tenham acesso simultâneo a dados pontuais”, trazendo “mais transparência à informação e reduzindo os custos de Angola” na comunicação de dados a outros órgãos.

A NSDP, acrescenta o Ministério das Finanças angolano, será disponibilizada ao público no final de novembro e dará aos utilizadores acesso a dados macroeconómicos abrangentes sobre Angola.

Além de estar disponível no portal on-line do Ministério das Finanças – www.minfin.gov.ao – haverá também uma ligação ao NSDP no Boletim de Normas de Divulgação de Dados (DSBB) do FMI – https://dsbb.imf.org.

A missão do e-GDDS recebeu o apoio financeiro do FMI e do BAD, indica o comunicado, que não adianta qualquer montante.

O e-GDDS foi lançado pelo Conselho Executivo do FMI em maio de 2015, substituindo o GDDS criado em 1997, com o objetivo de apoiar a melhoria da transparência dos dados, encorajar o desenvolvimento estatístico e ajudar a criar sinergias entre a disseminação de dados, formulação de políticas e assistência técnica.