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Passos Coelho esteve presente na apresentação do livro "Introdução ao Liberalismo", de Miguel Morgado, em Lisboa, e em conversa com os jornalistas abordou os dados hoje divulgados pela AIMA, que indicam que o número de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal quadruplicou em sete anos, com cerca de 1,5 milhões registados no final de 2024,

Passos Coelho salientou que "em muito pouco tempo entrou imensa gente em Portugal, e, se tudo se mantiver como está com o reagrupamento familiar e por aí fora, bem, qualquer dia também acontecerá cá aquilo que acontece noutras sociedades em que as pessoas, os nacionais, as pessoas que fazem parte daquela sociedade, se sentem estrangeiras na sua própria terra", alertou.

"O problema é que não é ótimo porque as pessoas sentem-se inseguras, ameaçadas, de certa maneira desorientadas, desconfiadas... Tudo aquilo que são características muito humanas e que, em circunstâncias normais, não valem grande coisa, em ambientes destes, as coisas podem descambar", afirmou.

O antigo PM afirmou que "o mínimo de bom senso faz qualquer pessoa perceber isto", antes de deixar crítica aos governos do PS liderados por António Costa, que acusou de terem tido uma política sobre imigração que tinha como princípio "deixa entrar, isto é para ser assim e não pergunto nada a ninguém".

"Isto era o que anterior primeiro-ministro [António Costa] dizia aos quadros superiores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) quando era por eles alertado 'senhor primeiro-ministro, cuidado porque nós estamos a perder o controlo desta situação. Olhe, está a entrar muita gente, a gente nem sabe quem é. A gente nem o certificado criminal pede'", disse.