Em Braga, para um jantar-debate no âmbito das jornadas do Grupo Parlamentar do Partido Popular Europeu, que contou também com a presença do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, Assunção Cristas criticou o ministro da Educação, a quem apontou acusações de "falta de diálogo e de capacidade de negociação".
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entregou na terça-feira um pré-aviso de greve para 15 de novembro, exigindo o descongelamento das progressões, recuperação dos anos de congelamento e contagem integral do tempo de serviço prestado pelos docentes, uma greve de 24 horas ainda justificada com reivindicações relacionadas com o regime específico de aposentação, horários que reduzam o desgaste da profissão, aplicação do direito comunitário na vinculação e concurso que promovam a estabilidade no emprego e nas escolas.
"É certamente um protesto legítimo, porque há muitos professores que não vão ter tempo nas suas carreiras para chegar ao final e conseguirem de facto atingir o patamar que as suas expectativas mereciam atingir", afirmou a líder do CDS-PP.
Para Assunção Cristas, "este intervalo que é preciso recuperar não consegue ser recuperado num ano, mas tem de haver formas de conseguir fazer essa recuperação gradualmente, faseadamente, olhando para a capacidades do próprio Orçamento acomodar essa despesa adicional".
No entanto, salientou a líder dos centristas, "certamente que nada se consegue fazer se as partes não se sentarem à mesa, não conversarem e não encontrarem vias para solucionar estas questões".
Assunção Cristas salientou que "há muito trabalho a ser feito na área da Educação", referindo que "os profissionais queixam-se de muita falta de diálogo, de muita falta de capacidade de negociação" por parte do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
"Não deixa de ser irónico que um ministro tão elogiado por vários setores da área sindical hoje seja criticado por não ter capacidade de dialogo e de resolução de problemas", vincou.
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