José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Numa palavra, está. Mas, como dizem aqueles ditados que ninguém sabe de onde vêm, perigo também significa desafio. A democracia é o sistema mais equalitário e o capitalismo é inevitável. Como salvar um sistema que se está a mostrar tão insatisfatório?
Hoje e agora, ao fim de sete mil anos de civilização, assistimos a guerras com alegações religiosas, culturais e étnicas que gostaríamos que estivessem extintas há séculos. A ferocidade com que nos matamos, sob alegações várias, parece imutável desde o início da espécie. Porquê?
A Monja (Claudia) Coen, nascida no Brasil e fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, em São Paulo, estudou em vários países e segue o budismo japonês. É uma personalidade de prestígio mundial pelos livros publicados, mais de meio milhão em diferentes idiomas. Recentemente passou por Portuga
Já foi o país mais rico da América do Sul. Desde 1945 que passou por tempos conturbados e viu o seu estatuto internacional degradar-se constantemente. Com as eleições deste domingo, arrisca-se a atingir o fundo.
Todos maus rapazes, uma derivação do filme de Scorcese de 1990 “Todos bons rapazes”, seria um título adequado ao que se passa em Israel e em Gaza. Esta é uma história de guerra e de tentativas de paz, repleta de episódios e de personagens pouco recomendáveis.
Conhecida como Sahel, esta região fica a sul da África mediterrânica e a norte da África tropical/equatorial. Até há alguns anos, era como se não existisse. Agora, é onde se concentram os Cavaleiros do Apocalipse.
Desde 1950, quando ocupou o Tibete, a República Popular da China tem feito o possível para erradicar a cultura do país e a religião budista, perante a impotência do resto do mundo. O processo aproxima-se da conclusão.
Dizem que as amizades já não são como antigamente, permanentes e seguras. Mas o antigamente é sempre sobrevalorizado, mesmo que os novos tempos tornem as relações mais efémeras.
Os incêndios podem parecer a consequência mais óbvia da subida da temperatura, mas não é a pior. Estamos a caminho de um planeta cada vez mais inabitável e os modelos económicos mundiais são incapazes de mudar a rota.
Para alegria geral, a era das famílias acabou, mas afinal os resultados não são assim tão bons. A liberdade é muito maior, mas tem o custo do isolamento
A visita do Papa Francisco a Portugal tem sido documentada em tempo real e é impossível ignorá-la. Mas vale a pena considerar o que representa no cepticismo contemporâneo sobre a Religião.
Estudou em Oxford e privou com alguns dos grandes nomes do pensamento político ocidental. Admirador confesso de Churchill e das culturas políticas marítimas, apresenta no livro "Liberdade como Tradição" 14 autores com os quais reflete sobre a evolução da sociedade e da própria democracia.
A primeira vez que a Europa se assumiu como união foi em 1993, pelo tratado de Maastricht. Este ano, devido às circunstâncias, e no meio de várias peripécias, chega à idade adulta.
Quando estudei ciências naturais, no século passado, havia três espécies de seres: animais, vegetais e minerais. Nesses tempos remotos não tinha dúvidas de que era um animal. Mas acabo de saber que sou, como todos vocês, um holobionte.
A invenção das matérias sintéticas mudou a civilização e permitiu avanços nunca vistos no conforto, conveniência e eficiência de praticamente tudo o que usamos. Agora, que se tornaram indispensáveis, estão a acabar connosco.
Os movimentos e partidos de direita radical estão a crescer aceleradamente um pouco por todo o mundo e especialmente na Europa, um continente que nas últimas décadas cultivou uma fobia aos extremos. Devemos preocupar-nos, ou faz tudo parte da superioridade moral do sistema democrático?