O ataque aconteceu na aldeia de Beu-Manyama, em Beni, na província de Kivu do Norte, e além dos mortos provocou também quatro feridos, segundo informações declarações do coordenador da sociedade civil local Kinos Katuho ao portal de notícias Actualité.

De acordo com Katuho, os atacantes invadiram a aldeia e executaram os aldeões nas suas casas com catanas e balas, escreve a agência de notícias espanhola EFE.

Os corpos dos mortos foram deixados no centro de Beu-Manyama e os residentes estão à procura de várias pessoas desaparecidas, disse a mesma fonte, avisando que o número de mortos poderá aumentar.

A ADF é um grupo rebelde de origem ugandesa, mas está atualmente sediada no nordeste da RDCongo, perto da fronteira que o país partilha com o Uganda.

Segundo o Gabinete do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a ADF foi responsável por cerca de 1.260 mortes em 2021, tornando-se no grupo armado mais letal da RDCongo.

As autoridades ugandesas acusaram também a ADF de organizar três atentados suicidas à bomba em novembro do ano passado.

Em maio do ano passado, o Governo congolês impôs um estado de sítio no Kivu do Norte e na província vizinha de Ituri para lidar com os grupos rebeldes, embora esta medida não tenha eliminado o problema.

A fim de neutralizar a ADF, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em solo congolês no final de novembro de 2021.

Desde 1998, o leste da RDCongo tem sido palco de um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de paz da ONU, com mais de 14 mil soldados no terreno.

Embora os peritos do Conselho de Segurança da ONU não tenham encontrado provas de apoio direto da organização terrorista do Estado Islâmico à ADF, os Estados Unidos identificaram os rebeldes como uma “organização terrorista” afiliada ao grupo terrorista desde março de 2021.

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