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Os manifestantes ultrapassaram as cancelas de segurança e entraram já de noite no átrio da grande tenda administrada pela ONU, onde decorrem as negociações climáticas.

A Lusa relatou que o episódio provocou “uma cena de caos”, uma vez que “vários membros das delegações preparavam-se para deixar o recinto”. Poucos minutos depois, “a equipa de segurança da ONU expulsou os manifestantes que abandonaram o local por volta das 19h30 (20h30 em Lisboa)”, adiantou a agência.

A COP30 decorre em Belém até 21 de novembro e reúne representantes de governos, organizações internacionais e movimentos da sociedade civil para debater políticas de combate às alterações climáticas.

“A crise climática é uma crise de saúde”

De acordo com a agência EFE, os ativistas gritavam “A crise climática é uma crise de saúde!”, num protesto que contou com profissionais de saúde e indígenas.

A mesma agência destacou que “em poucas regiões se sente tanto o impacto das alterações climáticas na saúde como na Amazónia, onde se situa Belém e que, em 2024, foi atingida por uma seca histórica, agravada por múltiplos incêndios.”

A manifestante Lena Peres, infetologista de 63 anos que trabalha para o Ministério da Saúde do Brasil, disse à EFE: “Vivi décadas em Belém e nunca tive dengue; agora toda a gente apanha... tornou-se uma doença urbana.”

Por outro lado, segundo a Folha de São Paulo, “vários manifestantes gritavam que era necessário ‘taxar os bilionários’” e entoaram cânticos contra “a exploração de petróleo perto da Foz do Amazonas.”

Alguns dos protestos foram dirigidos ao Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com frases como: “Governo Lula, que papelão, destrói o clima com essa perfuração”.

O protesto terminou sem registo de feridos, mas o incidente levou a um reforço das medidas de segurança dentro do recinto da conferência.

A invasão ocorreu num momento em que as negociações da COP30 enfrentam crescente pressão de grupos ambientais, que exigem medidas mais concretas para travar o aquecimento global e proteger a Amazónia.

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