“Sernancelhe reconhece e homenageia o grande contributo que Almeida Henriques deu ao poder local, a Viseu, ao distrito, à região e ao país, num percurso de vida marcado pela dedicação, sentido de missão e elevada cultura democrática e competência política”, escreve o presidente da Câmara.

Carlos Silva Santiago refere que “Sernancelhe não esquece as visitas, os momentos oficiais, e também de convívio, e a amizade de Almeida Henriques para com o concelho” nas variadas funções que desempenhou ao longo da vida política e destaca a presença, em 2019, enquanto autarca de Viseu, na abertura oficial da “última grande Festa da Castanha”, antes da pandemia de covid-19.

“Por tudo que Almeida Henriques representa para Sernancelhe, o Município declarou Luto Municipal e colocou a Bandeira a meia haste. (…) Um autarca de trato muito fino, elegante e convicto, que tinha no nosso concelho parte das suas raízes e nutria pela Terra da Castanha um carinho muito especial que fazia questão de enaltecer sempre que nos visitava”, destaca Carlos Silva Santiago.

Os presidentes da Assembleia Municipal, Rui Costa Pereira, e da Câmara de Tarouca, Valdemar Pereira, enaltecem o homem que “demonstrou sempre fortes convicções na defesa intransigente da região de Viseu”.

“Homem que sempre lutou pelo desenvolvimento do interior do país, que combatendo a desigualdade do território, promovia a coesão territorial e a igualdade nacional. Viseu e a região ficam mais pobres, perde-se um homem de caráter humanista e de fortes convicções”, assinam os presidentes.

Também os presidentes da Assembleia Municipal e da Câmara de Tabuaço assinam um “voto de pesar” por um homem “cujo percurso político faz dele um dos nomes incontornáveis no desenvolvimento do Território” da região.

“Reconhecendo em Almeida Henriques um trajeto admirável, Viseu fica mais pobre e a região perde, igualmente, uma figura que se destacou pelas fortes convicções e caráter humanista que sempre manifestou nos inúmeros cargos que ocupou”, destacam Leandro Macedo (Assembleia) e Carlos Carvalho (Câmara).

Numa nota de pesar enviada à agência Lusa, “secretariado da direção da organização regional de Viseu do Partido Comunista Português, por via do seu eleito municipal, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu” e apresenta as “condolências à família e amigos”.

O presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, morreu este domingo aos 59 anos, vítima de complicações respiratórias decorrentes da covid-19.

Militante social-democrata desde a década de 1980, era ainda vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), presidente da secção de ‘Smart Cities’ (Cidades Inteligentes) da ANMP e presidente do Conselho-Geral da Fundação para os Estudos e Formação nas Autarquias Locais (FEFAL).

Foi deputado à Assembleia da República, nas IX, X e XI e XII Legislaturas e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD entre 2005 e 2007 e 2010 e 2011.

Participou também no Governo PSD/CDS-PP liderado por Passos Coelho e Paulo Portas como secretário de Estado-Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, entre 2011 e 2013.

O autarca social-democrata foi diagnosticado com covid-19 no início de março, altura em que foi internado no Hospital de São Teotónio, em Viseu.

A Câmara de Viseu decretou três dias de luto municipal, até esta terça-feira.

Câmara de São Filipe lamenta morte de “amigo” da ilha do Fogo

A Câmara Municipal de São Filipe, na ilha cabo-verdiana do Fogo, publicou hoje um voto de pesar pela morte do “amigo” Almeida Henriques, destacando o apoio como presidente da Câmara de Viseu, localidades geminadas há 27 anos.

“António Almeida Henriques, mais do que um presidente de uma Câmara geminada com a Câmara de São Filipe, era também um grande amigo dos autarcas foguenses e um apaixonado pela ilha do Fogo”, lê-se no voto de pesar divulgado hoje por aquela autarquia.

“Sempre esteve presente nas nossas alegrias e tristezas. Recordamos a sua grande prestação na mobilização de recursos, aquando da última erupção vulcânica [na ilha do Fogo, em 2014], para socorrer a população deslocada de Chã das Caldeiras”, acrescenta o voto de pesar.

Descreve ainda que “São Filipe e a ilha do Fogo perdem um ilustre amigo de coração” e que a sua morte deixa “um grande sentimento de tristeza e consternação”, recordando a assídua presença de António Almeida Henriques nas festividades e eventos culturais locais.

Conselho Empresarial do Centro destaca “enorme dedicação”

A região Centro “perde um dos seus maiores protagonistas” e um homem com “enorme dedicação” a esta região, destaca o Conselho Empresarial do Centro numa nota de pesar pelo falecimento de Almeida Henriques, enviada à agência Lusa.

“A sua cidade [de Viseu] perdeu o presidente da Câmara, a região Centro perdeu um dos seus maiores protagonistas e assim ficamos diminuídos de alguém que tinha a convicção de construir um país mais coeso, mais inclusivo e capaz de ser mais igual”, destaca a nota de imprensa.

A direção do Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC) refere que a instituição “fez parte da vida” de António Almeida Henriques, da mesma forma que assume sentir que faz parte da vida” do autarca de Viseu.

“Muitos de nós foram testemunhas dos valores que orientaram a sua vida política, assentes na sua consistente formação humana e da sua enorme dedicação à região Centro e ao país”, assume a direção.

Na nota de pesar enviada à agência Lusa, a direção do CEC/CCIC apresenta “as mais sinceras condolências à família e amigos” no “momento de dor” que é vivido.

“Estamos de luto por este homem que sabemos que vamos honrar, quer enquanto Associação Empresarial, quer como amigos”, refere a direção.

O presidente da Câmara de Armamar, a norte do distrito de Viseu, publicou na página oficial “uma palavra de conforto à família e amigos” e “a todos os viseenses, aos elementos dos órgãos do município de Viseu, ao executivo que Almeida Henriques liderava e também a todos os trabalhadores da Câmara”.

“Os armamarenses recordam o valor inegável de um homem público, com um percurso de grande valor na vida associativa e política da cidade de Viseu e de Portugal”, escreve João Paulo Fonseca.

Também o presidente de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira, escreve que António Almeida Henriques era “um acérrimo defensor do poder local e das suas causas” e apresenta as condolências à família e amigos e aos viseenses.