Os dois partidos divulgaram hoje que o acordo quadro será assinado pelo secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, e o coordenador autárquico social-democrata, Carlos Carreiras, e, do lado do CDS-PP, pelo secretário-geral, Pedro Morais Soares e o coordenador autárquico nacional, Domingos Doutel.

Pedro Passos Coelho, tem recusado pressas neste processo, tendo no início do mês dito que não há motivos para o partido andar "numa lufa-lufa" para apresentar candidatos nas próximas eleições autárquicas de 2017 e que o calendário definido está a ser cumprido.

Assunção Cristas encerrou no sábado passado a convenção autárquica centrista, em Rio Maior, concelho do distrito de Santarém em que PSD e CDS governam em coligação, e disse não estar preocupada com "leituras nacionais" desse ato eleitoral.

A líder centrista anunciou a sua candidatura à Câmara de Lisboa em setembro e o PSD ainda não apresentou candidato à autarquia da capital, tendo Pedro Santana Lopes anunciado há duas semanas que está fora da corrida.

Um pouco por todo o país, têm vindo a ser anunciados acordos entre os dois partidos, é o caso da Câmara de Torres Vedras, em que a renovação da coligação foi anunciada na quinta-feira.

No final de outubro, os presidentes das distritais do Porto abriram a porta a uma possível coligação futura: "Está nos meus horizontes, futuramente, a concelhia do Porto celebrar um acordo com a concelhia do CDS-PP do Porto", declarou aos jornalistas Bragança Fernandes, presidente da Distrital do PSD/Porto, no final de uma conferência de imprensa para assinar, com o seu homólogo do CDS-PP, Álvaro Castello-Branco, um "Acordo de princípio para o Estabelecimento de coligações eleitorais autárquicas no distrito do Porto".

No Congresso do CDS-PP, em março, Assunção Cristas anunciou o apoio dos centristas à recandidatura do independente Rui Moreira.