O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de juro de referência em 50 pontos base, apesar da turbulência sentida pelos mercados financeiros nos últimos dias, com a falência do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, e as suas repercussões em outras instituições bancárias.

A instituição justificou a decisão com a sua determinação em assegurar "um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo".

A principal taxa de juro de refinanciamento passa agora para 3,50%, a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez fica em 3,75% e a taxa de juro que se aplica aos depósitos sobe para 3%.

"O Conselho do BCE está a acompanhar de perto as atuais tensões no mercado e está preparado para responder conforme necessário, no sentido de preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na área do euro", indicou o banco central.

"Projeta-se que a inflação permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo. Por conseguinte, o Conselho do BCE decidiu hoje [quinta-feira] aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 50 pontos base, em conformidade com a sua determinação em assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo", explica o banco central liderado por Christine Lagarde.

A instituição presidida por Christine Lagarde já havia apontado para um provável um aumento das taxas de juro em mais 50 pontos base.

(Artigo atualizado às 13:57)