O BE volta assim a opor-se à integração desse equipamento na anunciada Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULSEDV), que reuniria sob a mesma gestão os hospitais de Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, assim como os centros de saúde desses concelhos e ainda os de Arouca e Vale de Cambra.
"Essa proposta era prejudicial para o hospital e para o concelho de Ovar", defende o BE, em comunicado. "Primeiro porque poderia traduzir-se na perda de valências e proximidade à população, e segundo porque teria como consequência o corte de serviços muito importantes, como a realização de exames médicos no hospital de Ovar", explica a coordenação distrital de Aveiro do partido.
O BE apresentou, por isso, à Assembleia da República uma "proposta alternativa", que recomenda "a rejeição do estudo encomendado pelo Governo" que aconselha a ULSEDV. No texto, apela antes a "um maior investimento e uma maior contratação de profissionais" para o Hospital de Ovar, como forma para garantia de "proximidade, melhor acesso e maior qualidade dos serviços de saúde prestados à população".
Em termos práticos, "o BE quer a realização de obras urgentes no bloco operatório do Hospital de Ovar, assim como a reabertura do Serviço de Urgência".
O partido realça, nesse contexto, que a postura das bancadas do PSD e do PS no Parlamento tem sido oposta à das respetivas estruturas locais nos órgãos autárquicos de Ovar.
Se no município sociais-democratas e socialistas se manifestaram contra o plano de negócios apresentado pelo Governo para criação da ULSEDV, já na Assembleia da República esses partidos adotaram a posição oposta, chumbando - com a abstenção do CDS-PP - a proposta do BE para que o estudo fosse rejeitado.
"Estes partidos estão a prestar um péssimo serviço à população de Ovar", reclama o BE. "Como podem PSD e PS conciliar sentidos de voto tão distintos a nível local e nacional?", questiona o partido, que insiste que "nunca poderia aceitar o esvaziamento do Hospital de Ovar".
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