Na passada segunda-feira, um grupo de trabalho formado por titulares das secretarias estaduais de Roraima, comandantes da Polícia e Bombeiros Militares, além de coordenadores da Defesa Civil, membros da Operação Acolhida e representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) reuniram-se para debater as ocupações espontâneas de prédios públicos por parte de venezuelanos.

"Durante o encontro, foi apresentado o quantitativo de 3.100 pessoas em 11 ocupações espontâneas, incluindo prédios públicos e particulares em vários bairros de Boa Vista, catalogadas e monitorizadas pelo grupo humanitário, que diariamente visita os locais", informou em comunicado o Governo de Roraima.

Desde o ano passado decorrem encontros com membros da Operação Acolhida e órgãos que participam no processo de ajuda humanitária aos refugiados, em que se discute a desocupação dos espaços públicos, com a finalidade de realizar reformas das estruturas, assim como novas construções, ainda em 2020, procurando ainda realojar as famílias venezuelanas em outros locais.

“Vamos executar da melhor forma possível a transferência dessas famílias que hoje ocupam espaços públicos, contando com o apoio e envolvimento das principais secretarias de Estado nesse processo, bem como o apoio incondicional da Operação Acolhida e a parceria das agências internacionais de ajuda humanitária aos refugiados”, informou Tânia Soares, membro da Secretaria de Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes) de Boa Vista.

Neste momento, a estrutura abandonada que possui a maior quantidade de pessoas é o antigo prédio da Secretaria de Gestão Estratégica e Administração, em Roraima, com 191 ocupantes do sexo masculino, 181 mulheres e 196 crianças, totalizando 568 pessoas.

Segue-se outro prédio devoluto pertencente ao estado de Roraima, onde funcionava a Secretaria de Educação e Desporto, com 418 ocupantes, sendo 140 homens, 140 mulheres e 138 crianças.

O Governo brasileiro, liderado por Jair Bolsonaro, acusa Nicolás Maduro de ser responsável pela crise na Venezuela, marcada pela escassez cíclica, hiperinflação e pelo êxodo da população, que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima em mais de quatro milhões de pessoas.

Segundo dados oficiais, mais de 220.000 venezuelanos residem atualmente no Brasil e cerca de 500 entram no país todos os dias, a maioria através do estado de Roraima.

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