“Eu, quando assumir, não prorrogarei. Se quiserem falar no Decreto de Garantia da Lei e da Ordem, eu irei depender do Parlamento para assinar”, afirmou Bolsonaro, após participar num evento militar em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

A intervenção no Rio de Janeiro teve início em fevereiro deste ano e tem previsão de encerramento no próximo dia 31 de dezembro.

O Presidente eleito reiterou ainda a necessidade de uma retaguarda jurídica para os agentes de segurança: “Não posso admitir que um integrante das Forças Armadas, da Polícia Militar, Polícia Federal, entre outros, após cumprimento da missão, respondam a um processo”, declarou, citado pelo jornal Estadão.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), durante a intervenção federal, o número de pessoas mortas por agentes da polícia tem vindo a crescer no Estado do Rio. No mês de outubro, foram registadas 127 ocorrências, um aumento de 30% em relação ao mesmo mês de 2017.

Em nove meses de intervenção, o número de mortes decorrentes da ação policial já vai em 1.151.

O recém-eleito governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou, no início do corrente mês, que a medida correta para combater a criminalidade no Estado é matar os “bandidos que estejam de arma”.

“O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro”, afirmou à imprensa brasileira o governador eleito, que é também ex-juiz federal.

Com um discurso apoiado no combate à corrupção e ao tráfico de drogas, além da promessa de promover o desenvolvimento económico, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão (PSC), reafirmou que os polícias que matarem os criminosos portadores de arma não devem ser responsabilizados “em hipótese alguma”.