Segundo a nota que consta no portal na Internet da federação dos sindicatos dos bancários ligados à UGT (Febase), no final de abril, em reunião com os dirigentes sindicais, a administração do BPI comunicou que “pretendia reduzir o número de efetivos através de um programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo”.
Segundo disse à Lusa fonte sindical, a administração estima que neste processo saiam cerca de 400 pessoas.
No caso das rescisões por mútuo acordo, diz a informação disponível na Internet, o BPI propõe uma indemnização de 2,5 meses por ano de trabalho, acima do previsto na lei.
Contudo, alerta, “porque o BPI não é uma empresa em reestruturação, os trabalhadores que aceitarem a rescisão de contrato não terão direito ao subsídio de desemprego”, ainda que mantenham acesso ao sub-sistema de saúde SAMS e condições benéficas nos créditos que tenham com o banco.
Os trabalhadores com idade inferior ou igual a 55 anos podem aderir às rescisões até 02 de junho.
Já para as reformas antecipadas, o programa é destinado a quem tenha entre 55 e 65 anos.
Já era conhecido que o BPI, desde o início deste ano controlado pelo espanhol Caixabank, ia avançar com mais saídas de trabalhadores, reforçando a diminuição do quadro de pessoal que já aconteceu nos últimos anos.
No prospeto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI, o CaixaBank previa conseguir sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, estimando que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos, parte importante com redução de 900 efetivos em três anos.
Já em abril, questionado sobre este tema, o futuro presidente executivo do BPI, o espanhol Pablo Forero, admitiu que o banco tinha agora mais dinheiro para promover saídas.
O BPI tinha, no final de março, 5.445 trabalhadores em Portugal.
O banco ainda tem formalmente como presidente executivo Fernando Ulrich, enquanto a nova equipa de gestão liderada por Forero aguarda a autorização do Banco Central Europeu (BCE).
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