Segundo o Ministério, a maioria dos casos foram detetados nos estados de Roraima e no Amazonas, próximos da fronteira brasileira com a Venezuela, onde a doença se tem espalhado, onde os serviços de saúde entraram em colapso.
“Os surtos estão relacionados com a importação. Isso ficou comprovado pelo genótipo do vírus (D8) que foi identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela”, informou um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde do Brasil.
Até 17 de julho, o estado de Roraima confirmou 216 casos de sarampo e 160 continuam em investigação.
Também foram confirmados 444 casos de sarampo no Amazonas e 2.529 permanecem em investigação.
Casos isolados foram identificados nos estados do Rio Grande do Sul (8), Rio de Janeiro (7), São Paulo (1) e Rondônia (1).
O total de infeções também inclui 67 indígenas venezuelanos e brasileiros.
No início do mês, o grupo de direitos indígenas Survival International alertou que o surto de sarampo pode devastar grupos tribais isolados, que têm pouca resistência a essas doenças e vivem em ambos os lados da fronteira do Brasil com a Venezuela.
O sarampo espalha-se pelo ar e é altamente contagioso.
O Governo brasileiro anunciou que está a reforçar os esforços de vacinação e que, entre 06 e 31 de agosto, vai avançar uma ampla campanha de vacinação para tentar travar o avanço da doença.
“A meta de vacinação contra o sarampo é de 95%. Em 2017, dados preliminares apontam que a cobertura no Brasil foi de 85,21% na primeira dose (tríplice viral) e de 69,95% na segunda dose (tetra viral)”, concluiu o Ministério da Saúde brasileiro.
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