Numa declaração lida pelo presidente da Câmara, Sérgio Costa, na reunião do executivo de hoje, os autarcas consideraram que a Urgência, que esteve à “beira de fechar” no fim de semana, “não pode continuar na corda bamba”.
Sérgio Costa salientou que, apesar do Serviço Nacional de Saúde funcionar em rede, “não se pode continuar com a prática das transferências” para outros hospitais fora do distrito da Guarda.
Os autarcas reconheceram que o serviço “está no fio da navalha” e apelaram “a todos os agentes para que façam tréguas, se sentem à mesa e dialoguem”.
Na reunião do executivo, a vereadora do PS, Adelaide Campos, também recorreu a termos clínicos, mas para criticar as opções do município.
A autarca considerou que a ordem de trabalhos da reunião foi de “uma pobreza franciscana”, com “pensos rápidos para uma cidade que precisa de uma intervenção cirúrgica muito importante”.
Adelaide Campos disse no final da reunião aos jornalistas que “este executivo não está minimamente vocacionado para ter uma estratégia para a cidade”.
O executivo apresentou mais uma revisão das Grandes Opções do Plano, que mereceu críticas por parte da oposição.
A vereadora do PS censurou que se reduza o investimento na cultura, no ambiente e no centro histórico.
“Aquilo que é a nossa imagem para o exterior, aquilo que podemos dar da Guarda está a desaparecer”, apontou Adelaide Campos.
A vereadora revelou ainda que vai passar a convidar o presidente da Câmara “a ver um pouco da cidade”.
“Talvez assim seja capaz de perceber o estado de degradação e decadência a que a Guarda está votada”, sustentou.
O vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro também criticou as opções do executivo, considerando que “há uma ausência de política naquilo que são decisões estruturantes designadamente ao nível do investimento”.
O autarca realçou que “não se veem projetos novos” e “percebe-se que há um desinvestimento nos poucos que há”.
O presidente da Câmara, Sérgio Costa, explicou que esta revisão visa o reforço de algumas das rubricas, como dos transportes escolares, consumo de água nos equipamentos municipais, acordos com as juntas de freguesia, reparação de viaturas e obras nos edifícios escolares, nomeadamente a intervenção que está a ser realizada na Escola Secundária da Sé.
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