"O dia com ementa vegetariana que existe nas escolas do concelho, por decisão da autarquia, visa aumentar a variedade da dieta das crianças, contribui para a redução do consumo da proteína animal (comprovadamente excessivo, na maioria dos casos) e o aumento do consumo de vegetais", justifica, em nota de imprensa, a Câmara Municipal de Palmela.

O esclarecimento do município surge na sequência do protesto de alguns encarregados de educação, que, segundo o jornal Diário da Região, do distrito de Setúbal, alegam que a situação viola o que está previsto no Regulamento de Ação Social Escolar da autarquia para as refeições, que devem incluir "sopa, prato de peixe ou carne, em dias alternados, com os acompanhamentos básicos da alimentação, sobremesa, pão e água".

A Câmara de Palmela diz ter conhecimento de apenas "uma dezena de reclamações" de encarregados de educação descontentes com a disponibilização de uma refeição vegetariana mensal sem outro prato de opção, num universo de cerca de três mil crianças.

O comunicado da Câmara de Palmela não revela, no entanto, se o município vai continuar a disponibilizar apenas um prato vegetariano uma vez por mês nas escolas do concelho.

Segundo a Câmara de Palmela, "2017/18 é o segundo ano letivo em que a alimentação vegetariana consta do caderno de encargos para fornecimento das refeições servidas nos refeitórios da rede pública do pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Palmela, que contempla as orientações dos Ministérios da Educação e da Saúde".