Em conferência de imprensa através de plataforma digital para apresentar as conclusões da Mesa Nacional do BE, que se reuniu por videoconferência, Catarina Martins foi questionada por diversas vezes sobre a forma como se vai assinalar em período de estado de emergência, devido à covid-19, quer o 25 de Abril quer o 1.º de Maio e considerou “haver alguns equívocos”.
Em relação ao 25 de Abril, a líder do BE defendeu que o que está previsto é “uma sessão muito reduzida no parlamento”, ainda com menos pessoas do que as que têm estado nos plenários com votações e ressalvando que a cerimónia “só pode realizar-se nas condições em que as autoridades de saúde entenderem”.
Catarina Martins sublinhou que a sessão solene que está prevista – com um terço dos deputados e menos convidados, num total estimado de cerca de 130 pessoas no hemiciclo -, com intervenções de todos os partidos, “corresponde à obrigação dos titulares de cargos políticos que foram eleitos”.
“Ninguém compreenderia que os profissionais de saúde estejam a trabalhar, tal como as forças de segurança ou o setor da alimentação e distribuição, e os partidos políticos emigrassem para parte incerta e não tivessem a clareza da proposta”, afirmou.
Já quanto ao 1.º de Maio, que à luz do novo decreto de estado de emergência vai poder ser celebrado em moldes ainda a definir, Catarina Martins salientou que “não há ainda nenhuma decisão”.
“O que existe é uma vontade, se houver condições de saúde pública que o permitam, de alguma forma dar um sinal de que o país pode lentamente recuperar a atividade”, afirmou, salientando que só serão tomadas decisões sobre o formato das comemorações “depois de haver dados e indicações das autoridades de saúde”.
Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que o 1.º de Maio vai poder ser celebrado, mas com “o distanciamento adequado”, faltando as autoridades de saúde dar as indicações necessárias para definir o formato, em conjunto com as forças de segurança e as centrais sindicais.
“Acho estranho existirem já conclusões sobre o 1.º de Maio quando a decisão é perceber o que é possível fazer tendo em conta a situação da pandemia”, reforçou hoje Catarina Martins.
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