Num vídeo enviado à comunicação social no final de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a situação epidemiológica de Portugal, o vice-presidente do CDS-PP Paulo Duarte salientou "a existência de um consenso generalizado entre os peritos sobre a necessidade do planear e programar cautelosamente o desconfinamento", como o CDS tem "vindo a indicar há longo tempo".
"Os dados agora apresentados permitem ao Governo tomar decisões com maior conhecimento da situação epidemiológica atual e perspetivar um plano de desconfinamento gradual, ainda que cauteloso tendo em conta o aumento da incidência das novas estirpes", afirmou o dirigente, advertindo que "sem um plano à inglesa, de programação rigorosa, e face à predominância das novas estirpes muito mais contagiosas, não é possível um desconfinamento e uma retoma serena da normalidade".
Para os centristas, "é urgente que o Governo apresente uma estratégia clara, objetiva, percetível por todos para regressar de forma faseada à normalidade, sujeita essa estratégia a um acompanhamento e uma monitorização permanente e em tempo real".
O vice-presidente do CDS-PP considerou ser "fundamental implementar uma testagem massiva e alargada, o que não tem sido feito manifestamente com eficácia por parte do Governo", e defendeu que o plano de vacinação deve "ser implementado com maior celeridade", para permitir alcançar "a imunidade de grupo por todo o território o quanto antes".
O dirigente disse também ser possível "um seguro regresso ao ensino presencial e à reabertura do pequeno comércio, devastado que está a ser pelos efeitos económicos adversos desta pandemia", e salientou o caso dos "cabeleireiros e dos barbeiros, soterrados numa imensidão de burocracia para ter acesso aos apoios que lhes são devidos".
Paulo Duarte considerou igualmente "que é necessário e fundamental a inclusão dos docentes e não docentes, de toda a comunidade escolar, na fase prioritária da vacinação, bem como uma estratégia de testagem massiva de toda a população escolar, quer nas escolas públicas, quer nas privadas, quer nas cooperativas".
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