“Num quadro em que claramente há aqui uma falta de resposta às necessidades da população, nomeadamente no que respeita à realização de cirurgias, o Governo está a ter uma atitude passiva”, disse Arménio Carlos aos jornalistas à entrada para uma reunião com os parceiros sociais sobre o Conselho Europeu desta semana.
“Se [a greve] está a pôr em causa a resposta às necessidades das pessoas, isto implica que o Governo chame os enfermeiros e procure retomar rapidamente as negociações para resolver o problema e, não deixar protelar o processo”, acrescentou.
O dirigente sindical frisou que “é preciso que os profissionais sejam respeitados e valorizados” e disse não compreender porque razão o Governo, perante “mais de 4.500 cirurgias que não foram realizadas”, continua “impávido e sereno, sem chamar os sindicatos para negociar e encontrar uma solução”.
“Chamem os sindicatos, negoceiem, discutam e tentem encontrar uma solução para resolver este problema”, disse.
A greve dos enfermeiros que decorre desde o dia 22 de novembro em blocos operatórios de cinco hospitais públicos prolonga-se até final do mês.
Segundo as contas do Ministério da Saúde, entre o início da greve, a 22 de novembro, e segunda-feira, dia 10 de dezembro, ficaram por fazer devido à greve 4.543 cirurgias.
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