Em declarações citadas pelo Jornal de Notícias, o autarca classificou a progressão das chamas como “absolutamente excecional”, salientando que a velocidade com que o fogo avançou surpreendeu até os operacionais no terreno. O incêndio entrou em Portugal pela aldeia de Cambedo e, em poucas horas, estendeu-se a várias localidades, incluindo Vilela Seca, Torre, Couto, Agrela, Bustelo e Outeiro Seco.
O município tem insistido na necessidade urgente de reforçar os meios aéreos, que, segundo o autarca, poderiam ter travado a frente de incêndio em fase inicial. “Se tivéssemos tido apoio aéreo de maior capacidade, talvez não estivéssemos hoje a enfrentar esta dimensão de tragédia”, afirmou.
As chamas atingiram já zonas agrícolas, olivais, soutos e vinhas, provocando prejuízos elevados. O fogo chegou também à zona empresarial de Outeiro Seco, obrigando as equipas a priorizar a proteção de habitações e infraestruturas. Até ao final da noite, registavam-se três casas devolutas e um armazém agrícola destruídos.
De acordo com Bruno Sarmento, segundo comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso, pelas 23h havia três frentes ativas, uma delas com grande intensidade e a colocar em risco a aldeia de Bustelo. As autoridades admitem que a noite e o dia de quarta-feira serão de combate difícil e prolongado.
A GNR confirmou ainda o corte da Autoestrada 24 entre Vila Verde da Raia e o Casino, na sequência do avanço do fogo que percorreu já várias localidades. Segundo a Proteção Civil, estavam mobilizados até às 22h30 cerca de 387 operacionais e 124 veículos.
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