"Não haverá qualquer modificação na atual política até que o secretário da Defesa (Jim Mattis, equivalente ao ministro da Defesa em Portugal) receba uma ordem do Presidente e emita diretrizes para a aplicar", realçou Dunford numa comunicação interna.
O general Dunford sublinhou que, entretanto, as Forças Armadas norte-americanas continuarão a "tratar todo o pessoal com respeito". Os comandos militares, ordenou o general, devem "continuar concentrados" nas suas missões.
Trump anunciou na quarta-feira a sua decisão de proibir que os transexuais sirvam "em qualquer capacidade" as Forças Armadas norte-americanas. O Presidente disse que, ao decidir a medida, consultou os seus "generais e peritos militares".
"As nossas forças devem estar concentradas na vitória decisiva e esmagadora, e não podem ter o lastro dos enormes custos médicos e da perturbação que implicaria [incorporar] os transgénero", argumentou Trump num anúncio-surpresa na sua conta no Twitter.
Ainda que o Presidente tenha dito que consultou os seus "generais e peritos militares", a imprensa norte-americana noticiou hoje que Jim Mattis, o chefe do Pentágono, apenas foi avisado da decisão na véspera do anúncio.
O New York Times noticiou que por detrás da decisão de Trump está a necessidade de se aprovar no Congresso um pacote orçamental de 790 mil milhões de dólares em gastos de Defesa, ao qual alguns republicanos se opunham por incluir tratamento hormonal para os militares transexuais.
As Forças Armadas norte-americanas estão abertas ao serviço de transexuais desde junho de 2016, por decisão do anterior Presidente, Barack Obama. O recrutamento, no entanto, deveria começar apenas em janeiro próximo.
Estima-se que, atualmente, sirvam nas forças americanas cerca de 6.600 transexuais.
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